terça-feira, 22 de julho de 2014

Amar...





"Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”

(Rubem Alves)

Deixe a lágrima rolar


Quando sentir vontade de chorar, chore! Deixe a lágrima rolar! Qual adulto, idoso, criança, pode se gabar de não ter sentido um dia a necessidade de colo? Quem atira a primeira pedra? Por mais que sejamos fortes, não podemos fugir às tempestades da vida.
São as decepções, as perdas ou simplesmente nossas expectativas que não são correspondidas que nos fazem, independente da nossa idade ou situação, nos fazem sentir pequenos o bastante para desejarmos colo.
E nem sempre é fácil admitir isso. Homens não choram? Choram sim! Mulheres choram fácil demais? Elas se fazem duronas também. As crianças choram à toa. Todo mundo chora.
Pelo menos todo mundo precisa chorar nem que seja uma vez ou outra para aliviar a alma, para diminuir o peso do cansaço e da solidão. O choro é sempre um sinal de apelo. E um sinal que sempre encontra um bom samaritano no seu caminho. Difícil resistir a alguém que chora!
É quando olhamos para alguém que vemos os olhos marejados… que sentimos que esse alguém precisa de colo; nem sempre de palavras, mas colo, sempre. Colo que pode representar um abraço mudo e apertado, um olhar compreensivo, um aperto de mão… nada toca mais nossa alma do que olhar nos olhos de alguém que chora.
E nada toca tanto alguém que chora quanto sentir a presença de alguém que o compreende. E nas lágrimas que rolam, rola a tristeza, a insatisfação, o tédio, a dor, as dúvidas e medos.
A alma fica lavada. Por isso chorar alivia. Por isso chorar dá sono. Quando acordamos depois de termos chorado, nos sentimos mais leves, nos sentimos prontos para encarar um novo dia, uma nova situação.
Então… quando sentir vontade, não se contenha! Peça colo, peça ombro… Deixe a lágrima rolar! Ser forte não é ser durão durona!
Ser forte é ser capaz de se reconhecer frágil e saber que dará a volta por cima! Ser forte é saber que as marés podem ser altas ou baixas, mas que apesar de tudo as ondas nunca desistem do sonho de beijar a areia. E elas beijam sempre…

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O Divórcio

VALE A PENA LER, É SURPREENDENTE!
Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício para a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.
Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir...
Valorize quem realmente te ama... Pense nisso...


terça-feira, 1 de julho de 2014

Casamento de Mariana e Pablo

Mariana & Pablo from Flavia Gouthier on Vimeo.

Os 13 maiores erros em relacionamentos de todos os tipos

O ato de se relacionar com outros indivíduos é sempre uma tarefa difícil, pois cada pessoa é de um jeito, tem um temperamento, qualidades, história de vida, desejos, complexos. Tanto em relacionamentos amorosos, quanto em relacionamentos familiares e de amizade é muito importante a “a leitura do outro”, ou seja, perceber o outro, senti-lo, ouvi-lo, colocar-se no lugar deste outro. Sem esta “leitura”, é impossível comunicar-se com o outro, com o mundo e, portanto, é impossível relacionar-se.
As relações sempre tem como base a comunicação. Procura aqui explicitar alguns erros mais comuns que vejo de relacionamentos. A finalidade não é julgar diretamente se isto ou aquilo é bom ou ruim, mas mostrar as atitudes e suas consequências nos relacionamentos para que sejamos autocríticos (e não para criticar os outros).
Aqui vão os erros mais comuns em relacionamentos:

1) Falta de Comunicação clara

O primeiro erro mais comum em relacionamentos é a falta de comunicação clara. As pessoas não dizem o que estão sentindo, pensando, e tampouco tem o hábito de perguntar ao outro. Tentar imaginar o que o outro pensa, sente ou porque teve determinada atitude, ou ainda querer que o outro adivinhe o que pensa, sente deseja cria um mundo de sofrimentos desnecessários. Comunicar-se sempre é o melhor caminho, mesmo que as às vezes seja doloroso.

2) Cobrança em excesso

Cobrança em excesso é o nosso segundo erro. Em geral, quando se cobra demais do outro outro (seja por qualquer motivo), há um recuo por parte deste, deixando o relacionamento mais com um aspecto de obrigação, de fardo.

3) Mágoas

Mágoas são sentimentos que adoecem o corpo, a mente e a alma. Mente e corações doentes, em primeiro lugar, não atraem bons pensamentos e sentimentos, afastam-nos dos outros, das novas oportunidades. O que se deve sempre pensar é que tudo flui, então não devemos nos apegar às mágoas, ao que já se foi.

4) Críticas

Críticas em excesso minam todos os relacionamentos, pois tudo que se faz parece sempre estar ruim aos olhos de quem critica. Assim, as pessoas começam a não se sentirem tão empenhadas, tão motivadas a se relacionarem. A companhia deixa de ser prazerosa, já que “tudo sempre está ruim”.

5) Sentimentos negativos

Sentimentos negativos como ciúme, carência, possessividade levam relacionamentos à destruição e à ruína. Nestes casos, percebemos que a relação que é mantida com o outro, com o mundo é de egoísmo, falta de autoridade e muito autoritarismo: “tudo é meu, tudo tem que me cercar, estar à minha disposição e de mim depender”. Manter relacionamentos deste tipo traz muitos transtornos a todos os envolvidos, deixando cicatrizes profundas e acabando…

6) Passividade e falta de interesse

Passividade e falta de interesse, dificuldade de demonstrar os sentimentos geram um vazio na relação, fazendo com que o outro não se sinta valorizado, desejado, querido. Por tais motivos, o relacionamento esfria, deixa de ser algo que lhe alegra, que lhe desperta, que lhe dá vida.

7) Vingança

A vingança é um sentimento que prejudica mais que o sente do que seu alvo. É o tempo que se gasta em retribuir ao outro o que ele nos fez de prejudicial. É um sentimento inútil, pois nada traz de bom, de justo ou de melhor para ninguém. Revidar prejuízo com prejuízo, ódio com ódio é ser inconsciente duas vezes, já que significar ter sofrido um dano e querer causá-lo aos outros.

8) O egoísmo

O egoísmo é a chave para entender a maior parte dos problemas existentes tanto nos relacionamentos quando no mundo. Querer tudo de seu jeito, no momento exato em que deseja, colocar-se sempre como o mais importante de tudo, fazendo tudo somente em benefício próprio, querer controlar tudo, inclusive os outros são atitudes egoístas. Como estas pessoas não se importar com os outro, manter qualquer tipo de relacionamento é sinônimo de guerra de poder, pelo comando.
Não saber se adaptar às intempéries da vida, não saber ceder são condições que geram sentimentos como solidão e ira, porque nem tudo é como você quer e nem as pessoas fazem o que você espera. A visão de mundo da pessoa sempre muito restrita, sempre muito voltada para o benefício próprio. Isto impossibilita o diálogo, a aceitação de outras opiniões, o qual sustenta toda a relação. Não se vê o próximo, não se ama realmente o outro.

9) Mentiras

Mentir é sempre uma má escolha em qualquer relação, por quebrar o elo que une as pessoas: a confiança. Para evitar causar problemas maiores, as pessoas costumam contar uma “mentirinha inocente”. mas nunca levam em conta que as consequências de tal ato podem ser desastrosas: para se manter a coerência da mentira, outras terão de ser contadas – o que ocorre infinitamente. Assim, algo que era pequeno e inofensivo, passa a não ter controle ou limite.
Antes de contar qualquer mentira, por menor que seja, devemos pensar: “se todos no mundo tomassem a mesma atitude que eu, como seria? Seria bom?” Tal questão sempre pode nos mostrar quais são as atitudes corretas e as atitudes incorretas.

10) A falta de compaixão

A falta de compaixão, de respeito pelos sentimentos, pensamentos, desejos alheios embasam uma relação sem proximidade real, já que não se é capaz de colocar-se no lugar do outro, não se entende o que o outro sente, pensa, deseja, não se é movido pelo estado alheio.

11) A falta de confiança

A falta de confiança, de amor próprio, de cuidado consigo mesmo indica uma falta de autoconhecimento pelo fato de que não se vê as próprias qualidades, limites e necessidades. Primeiramente, a pessoa deve ter amor próprio, saber de seu valor no mundo enquanto alguém que existe e que pode evoluir – e assim sendo, os defeitos também podem ser trabalhados.
Somente após se amar, se conhecer é que se pode reconhecer coisas boas nos outros e se relacionar de modo equilibrado, maduro. Ao nos amarmos, exigimos respeito do outro, estabelecemos limites importantes para os relacionamentos.

12) O orgulho

O orgulho nega-nos, atrapalhando-nos em nossos julgamentos. Faz-nos admitir que estamos certo quando não estamos, não nos deixa mostrar o que sentimos, não nos deixa ver e aceitar a verdade das coisas, nossas fraquezas, impotências e a nossa finitude.

13) A falta de compromisso

Por fim, a falta de compromisso, de lealdade e de responsabilidade como nosso último erro comum em relacionamentos. As pessoas não querem se comprometer com as outras, não querem se doar, só querem pedir. Não querem estabelecer laços com os outros para que nada lhes seja pedido ou exigido. Sempre receber para si, nunca doar de si. Não querem ser relais, por não quererem seus desejos limitados.

Conclusão

Como podemos ver, todos os 13 erros aqui apresentados estão ligados entre si de tal modo que não ocorrem isoladamente. Não são só estes erros que existem, claro. Aqui, tivemos por objetivo uma análise mais geral.
De tudo o que foi exposto, fica a seguinte questão para você: Quais destes erros você comete ainda hoje? O que você pode fazer para melhorar? Tenha em mente que tudo se refere a você e que depende de você!
Antes de criticar ou reclamar do outro, ache o número de defeitos correspondentes em você mesmo e os aprimore! Este é o pensamento que gostaria de lhes expor hoje, pois tenho lidado com as feridas humanas há tempos, e há tempos percebi problemas em relacionamentos. Todos os problemas centram-se ou na falta de algo ou no excesso de algo. A luta diária e eterna é encontrar o meio-termo (como diria Aristóteles) entre todos os sentimentos, pensamentos, desejos. Assim se atinge a felicidade!